Wednesday, October 14, 2009

Sem a cor ação





Sem cor ação, nada acontece.
É um conto que haja vista o real, nada vale.
É uma moldura que nada molda.
Uma mola que nunca amolece.
É um broto que nunca floresce.

O coração não contido,
Ainda assim, é o semblante de um espaço a ser preenchido.
É um funcionário infuncional.
Esperando um tal’qual.

Um coração não ter motivo,
É apenas não dar-lhe o estimulo,
Da pulsação de amar.
É não impulsionar,
Um querer para sua batida.

A lamentável vida,
Da ala dos ímpar. feitos por natureza.
Que nunca disse.par
Mais soube partir-se para adentrar,
o vácuo da própria beleza.
de nunca estar,
Amando...

Um coração que não tem ninguém,
É a eterna esperança do encaixe,
É uma espera e ânsia de vontade.
De ser amada.
Armada de bem-me-quer.


Ádila Ágatha de Carvalho (setembro de 2009)



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Vaziolidade

Pode ser, quem sabe, um vazio inexplicável,
Um oco que se abala a qualquer brisa,
Um buraco no corpo,
A falta de um sentido lógico,
Que explique toda a falta de lógica.
Um vácuo que sentimento algum se propaga...
Pode ser que nem seja nada!

Pode ser,
vão dizer que sim,
Que é uma insensibilidade da minha parte.
Que é um pecado,
Desses que jamais são perdoados...
Não ei de tomar tal afirmação como legado...

Pode ser que não...
Apenas digo que é falta de cor ação.
O que nada impede uma avoação incontrolável...
Distraio-me com pensamentos...
Sonho acordada.
Pessoas assim...
De insensíveis não temos nada...

Esse buraco aí no peito,
Pode até não ser facilmente preenchido,
Mas basta vim um ímpar.cílio
Piscando uma mentira sincera,
Me pego a contra mão.
Suspirando, com o fato de ter ocupado o coração.
Mas encontrou uma viela.

Com tudo,
Acaba sempre sem o preenchimento.
Justificando os "pecados" alheios e tornando-os sublimes...
Mas é continuinte,
Da missão de ninguém ter.


Ádila Ágatha de Carvalho (novembro de 2005)
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Me acompanha-mim.


- Estratagemas, idiossincrasias...

Desenhar olhos e ficar encarando.
Desenhar uma boca nas mãos e sair conversando.
A mão tecendo papos,
Amortecendo os cacos
De amor tecer-se fio visível.
De ter e ser sozível.

A boca na mão tagarela.
Mas é ela, se amando sozinha outra vez.
A boca na mão se calou.
Mas foi só um "adeus" que acenou...

Desenhei uma mão na minha mão.
Fechei o punho.
Agora com.punho que ando de mãos dadas.
Dada aos finalmente.

Final mente,
Sou eu quem me acompanha.


 Ádila Ágatha de Carvalho (novembro 2005)

...insentido, no sentido de não se fazer contido.

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