Sunday, October 25, 2009

Em lua arada






Essa formosa e tão distinta
Que distante consegue estar tão perto,
Parece nos fazer ressoantes
Mesmo em instantes minguantes.
De sentimentos singelos.

Quisera eu acolher-la, ó lua cheia
Tal qual bola de cristal.
Não para antever o porvir
Mas fazer-la guia de me instruir
Abrando desse introspectivo manancial
de afeto...

Que não me faça soar estrépito
Todos os segredos desse hemisfério-meu.
Enluarando de solstício
Tornando algo auspício,
Esse meu mergulho ao mistério.

Lua nova que de nada cria expectativa
Sendo ao longe espectadora de romances
Quero acolher-la no ventre
Pra tentar compreender nesse instante
O desenrolar desse doce rompante.

Doce e razante,
Que ora vejo reluzente
Contido porém palpitante
Oh! Luar tão bem crescente...


Ádila Ágatha de Carvalho (outubro de 2009)

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