Monday, September 20, 2010

Senti-la'ncia


Sossegaram os passos.
Quase não há receios.
Ao redor dos cabelos.
Lapsos se compassaram.

Sentia-os em veemência
Cintilavam.
Senti! La-
vravam uma calmaria.

Sem ti,
Sem mim,
Contudo...
Com tu(n)do.

Sossegaram ...
Fiquei feliz e tacanha.
Fiquei e estou sendo. (e outros verbos)
Versos ébrios de tanto m’eu.

Sem saber com qual
ou quê  arte-manha (manhã)
 ou coisa vespertina,
vi-me menina...
Sosseguei.

Ádila Ágatha de Carvalho (setembro em primavera, 2010)



Sunday, September 19, 2010

Corre! Queira... inTERpretação rasa.



Esquece coração. Esquece!
Se aquece nas andanças
Esquece das lembranças.
Fica calmo. Fica alvo.
Desrrubreça!

Torne-se uma folha calada
E me deixa. Me deixa a salva!
Seiva atada nas paixões corriqueiras.
Como eu queira...
Na beira do seja ou não seja

Do que vinga em nada
Do que é liberto
indoloso e comparável
Excitante por ser vago
Constantes inspirações que trago...

Tragos e mais tragos
Insensata...

Romantismo?
Minha tese sem prática
Minha fala mais farta
Ceticismo (fictício)
Intrínseco  n’alma

Que agora extra vasa.
Fui tragada,
engolida, devorada, mergulhada...
Calor que encaixa
Vibração harmoniosa.
Me invadiu, me invade...

Não há átomo que me salve!

Ópera e vinho. Holofotes...
Palpitações, vontades, choques.
Inconsentido golpe que me invade
... e m’invade, m’invade, m’invade

Encaixada!
Batendo as cortinas da pálpebra.
Gemendo trovoada
Nessa tem-pés-ta(r)de
Entre o eros e o ágape.

Ádila Ágatha de Carvalho

p.s [desculpo-me à imagem o silêncio de poucos olhos. Os menos prosos recusariam.]