Friday, October 14, 2011

Ventos D'oeste



O Nascimento de Vênus; Sandro Botticelli, 1483, têmpera sobre tela,172.5 cm ×278.5 cm.  -    Galleria degli Uffizi, Florença


 14 de outubro de 2011  - 18h45m

Quando penso em falar
O que não diria em letra
Debruça-se nos dedos um mar
E nele cantam sereias

Fico arredia
Ecoar, para quê?, um canto
Mas me vejo além dos porquês
E começo nadando.

Depois de um tempo
De maresia, ressaca
Me vejo em nova braçada
Um mar de pedras encontro.

Fico em mim,
tacanho
Sabendo esse peito
Jorrando

De pensar;
mesmo longe,  nos vemos.
Descobrindo amor e beleza
E um deleite por Vênus.

Thursday, October 06, 2011

Flor con'versa, comigo


15h34m, 5 de outrubro de 2011


Algumas vezes não consigo sorrir.
(... não posso dizer o mesmo sobre chorar)
Mas dentro de mim é cachoeira de muitas quedas
D’uma emoção linda que me dá.

Ádila Ágatha de Carvalho - a de lá

Friday, August 05, 2011

Poesia Carne.





... agosto de 2011
O sentimento que traduz
Não é o mesmo compondo
Ou masturb’a lembrança
Ou vasculha sinônimos

Traduzir em verso
É quase compartilhar o gosto
Compor é coisa prática
Lençol sujo de gozo

Eu não vou traduzir
Muito menos quero compor
Quero apenas sentir
A arte do novo amor

Rima, pra quê rima?
Rasgo tudo. Termine como queira
O calor do nosso amor
Sem trilhos sem vírgula Centelha...

Reta essência
Reticente que nem cabe vergonha
A vida é uma cama
Que só cabe nós dois

Diante um muro.
Sem ninguém do outro lado.
O próprio amor petrificado.
Como não imaginava.

Rijo e doce
Enquanto ama é poeta
Só o corpo com-versa
Pois em mim faz-se rima

                                      poesia carne