Saturday, July 11, 2009

Desatada, diz atada a fala, em silêncio




Algumas vezes preciso dizer calada,
Deixar nas entrelinhas da pálpebra
Deixar morrer a fala.
Na íris delatora, dilatada.

Algumas vezes preciso dizer calada,
Preciso dizer,
Que não vou dizer nada.
Que no céu da minha boca
Há nuvens que nem sempre chovem,
Palavras soltas e nuas...
Nem mesmo um raiar,
Com um sol nascendo de frases e versos
Contorcendo,
Tecendo e só...

Que as vezes a minha fala não se cala.
Ela apenas fala
Em silêncio...



Ádila Ágatha de Carvalho ( novembro de 2006)



Click no link ao lado, ela mesma, só que em video e som  http://wagnerpyter.multiply.com/video/item/4

Um poema vídeo, que me fizeram de presente

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