Quem apaga a luz do peito
Mesmo que por proteção
Acaba por acender a tristeza
Uma chama fria ao coração.
Ao peito escuridão é deserto
E é preciso uma fagulha de contentamento
Que em algum lugar da imensidão
Algo nunca se apaga por completo
Quem apaga a luz do peito
Ou por vontade, ou desjeito...
Não anula uma paixão.
Ainda se pode perceber
Pois o coração tem lamparina,
Que mesmo na falta da retina
Enxerga por sentimento.
E mesmo quando ninguém apaga
Porque na vida a luz às vezes falta,
Que não falte o bom senso
De perceber a própria chama.
Que viver também põe em prova
O saber acender a luz própria
Ádila Ágatha de Carvalho (Agosto de 2006)
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