Monday, July 13, 2009

Em dias de escuridão acesa




Quem apaga a luz do peito
Mesmo que por proteção
Acaba por acender a tristeza
Uma chama fria ao coração.

Ao peito escuridão é deserto
E é preciso uma fagulha de contentamento
Que em algum lugar da imensidão
Algo nunca se apaga por completo

Quem apaga a luz do peito
Ou por vontade, ou desjeito...
Não anula uma paixão.
Ainda se pode perceber
Pois o coração tem lamparina,
Que mesmo na falta da retina
Enxerga por sentimento.

E mesmo quando ninguém apaga
Porque na vida a luz às vezes falta,
Que não falte o bom senso
De perceber a própria chama.

Que viver também põe em prova
O saber acender a luz própria



Ádila Ágatha de Carvalho (Agosto de 2006)


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