Saturday, July 11, 2009

Minha retina é um útero fecundo




Minha retina é um útero fecundo
Estou sempre em gestações

Pupilas dilatadas, é meu olhar fazendo amor
Farol da libido pelos olhos.
Enquanto encaro, apresento o rebento
Do olhar que refletiu aqui dentro.

Quando vou apresentar-lhe teu filho!?
Minha retina é um útero fecundo
Eu estou lhe vendo,
Pelos pensamentos do seu ler.

Estou sempre em gestações
Só não sei outonos,
Só não sei invernos
Primaveras ou verões


Ádila Agatha de Carvalho


M’estéril


O criador,
Criou-me a dor,
Sem sequer mistério.
Fez-me estéril.


Ádila Ágatha de Carvalho (...)


Clarisce

Quando eu te olhar nos olhos,
E medir tua mão na minha mão,
De tanto amor nos meus olhos
Vou lacrimejar todo esse mar,

Que amar você é essa chuva
Do céu se emocionar quando te ver nascer.

Ter o leite que lhe alimenta,
Imensa e tão profunda fonte baldia,
Que em meu seio irradia,
Aquilo que te faz claridade.

Claridade, claritude, clareficiência...
Cloreto de felicidade.
Torne-se parto
Torne-se claro.
Clarie-se.



Ádila Ágatha de Carvalho

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