Saturday, December 15, 2007


Não muito difícil afogar-me numa xícara de café.
Isso quando se acorda em um novo dia
De ácaros anciões.
Que de tão igual aos outros dias
Se prevê sem prive os vilões.

Nem os desatinos um agradável gosto tem
Mesmo quando vêem acompanhados por alguém
Um eu imaginário,
Com ações que fogem do imaginável
De fala incansável e com exatidão
Alguém que não apenas trague-se, gozando-se com a própria mão.

Um prazer que deveria por acontecer
Até somente de o pé tocar o chão ao amanhecer
Mas que nem isso mais engana
Que outro prazer se gana
Por saber da sua existência.

Coisas fantásticas ão de acontecer.
Ou ei de perceber a metafísica
E toda química que há
No sol chegar até a mim
E não me matar.

Até então
Pregos são pregos e não os emprego sem verbo
Parafusos não são para fusos
Embora me enrolem as idéias também.
Mais um dia,
Mas que mal me tem?

Sei que é apenas uma bússula de humor
Apontando para falta de ânimo
Mas logo perde o sentido
E levanto cantando


Ádila Ágatha

[ouvindo. Ou vindo. Ou vendo:


que voy a ser - je ne sais pas
que voy a ser - je ne sais plus
que voy a ser - je suis perdu
que horas son, mi corazón

Manu Chao]

2 comments:

Alexandre Bräutigam said...

O sol, quando chega a mim,
o q será q será
q me faz?

se eu for fotografia,
o sol me desbota. descolore. desatina.

se eu for ser-em-pele,
o sol me castiga. alimenta.

se eu for ser-sem-pele,
o que me faz o sol?

Qual é o teor de ameaça que o som do sol, avançando sobre nós, nos traz?


[mas na verdade, na verdade, não demonizo o astro-Rei. :) ]


bjs e parabéns pelo blog !! :)

Ronaldo Ventura said...

Você é boa!