Na tranquilidade em que as palavras bailam
Nessa escuridão é chama
Timbre, ritmo, tudo que falas...
Flama
Vou puxando as rédeas
Pra reduzir o desejo
Conduzida pelo ardor
Me banho em água fria
Cavalo com arreio,
Trotando em agonia.
Filtrando novamente
O querer pondera
Pousa em mim a vontade
Sem espera
Espeta. Quase dói.
Espeta. Quase dói.
Talha-me o rosto,
Sorrindo
Beijos palavra. Tudo é palavra
Será que é sol isso?
Sol aquecendo o grão
Por sobre a terra nada se vê
Ainda...
Nada brota,
Mas está rica
Eu sei
É fértil e ancestral
Dentro do mistério em que mora.
É até surreal.
Pedra que jorra.
Observo o lápis
Revejo a imagem
Tateando,
Os olhos lambem
Acariciando...
"meu amor juro por Deus me sinto incendiar"
Vem da janela uma brisa
Observo a luz que na parede dança
Sou a parede
O inusitado me queima,
Encanta.
Talvez tudo volte a ser escuridão
(o talvez vai pra gaveta agora. Fica aí!)
Não se pode viver dando as costas
Aos verbos imperativos
Que imploram
Que suplicam
Que suplicam
Todo o corpo que vejo
Mesmo por caracteres, pixels
Tem calor, Tem cheiros (duvidas)
Será que ela existe mesmo?
Intempéries.
Após dela,
A vida resplandece
Isso é verdade.
Saúdo as tempestades
Tento novamente desenhar a boca
Escreve beijo
Leio.
"... quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus, resolvem se encontrar..."
"Que frio que me dá o encontro desse olhar"
(desenhado com lápis. Um pouco de guache. Uma gota de amanhecer em colagem, para uma filha de Iansã com Ogum, moça flor, cheia de pólen. Também de Leão (da mesma data que eu), amante da da natureza. Poesia e arte. Muito Prazer)
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