Friday, August 14, 2009
Qualquer canto. Canto lugar. Canto canção...
Alguns são espectadores,
Engolem a olhos-nús.
Em seu momento de coadjuvante.
Conseguem ser a espera.
Que é áspera e desespera.
E o desaguar de afetos
Ao paladar não mais docente.
Ficou apenas como farol
Iluminando uma determinada nascente.
Uma sensação de chuva.
Quando o amor precisava de sol.
Parece que era bemol,
E não completou o acorde.
- E se demorar?
- E se o amor não me reconhecer como algo de se amar?
Eu ei de cantar,
Nem que seja o encanto dos outros.
Pra mode o amor também me ouvir.
E me fazer de ancoradouro.
Quando de fato porto,
Ei de ser apenas para o barco-amor.
Emprumado leste ou pr'onde eu migrar.
Eu vou voar com ele e se pensar noutro rumo.
Não ei de pestanejar.
- Voar!
Vô ar, terra e até mar,
Se for de interesse do amor.
Até a galope iremos,
Só, e não apenas, amar.
Amar!
Neste ato eu ei de me pronunciar errante.
Mesmo que o meu papel não seja assim tão grande;
Nem dublê, nem figurante.
Sequer o tal do coadjuvante.
Quando for ato de amor,
Serei, nesta minha vida,
Protagonista.
Como nunca antes.
Ádila Ágatha de Carvalho. ( Setembro de 2009)
... Na espreita da minha cena.
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